Casta originária do norte de Portugal, encontra a sua máxima difusão nas regiões do Douro e Dão.
Atualmente, cultiva-se em todo Portugal. Apresenta grande capacidade de adaptação a diversos
ambientes. Cultiva-se na Austrália, Califórnia e em vários países do Mediterrâneo.
Caraterísticas ampelográficas: Pâmpano de ápice aberto, verde esbranquiçado; folha pequena,
pentagonal, com cinco lóbulos, dentes curtos e retilíneos, seio peciolar aberto em "V". Cacho
pequeno, cilindro-cónico, ligeiramente compacto, pedúnculo de longitude média. Bago médio,
ligeiramente plano, película de espessura média.
Aspetos de cultivo: cepa de vigor médio-elevado e porte semi-rastejante. Adapta-se bem a vários
tipos de solos, preferindo aqueles bem expostos e climas quentes. A floração geralmente é
boa, mas muito sensível às mudanças climáticas e, portanto, ao desavinho.
Formação e poda: adapta-se a diversos sistemas de formação e poda, preferindo podas longas
como o guyot. Nos primeiros anos, é importante não sobrecarregar muito a produção.
Época de abrolhamento: precoce.
Época de maturação: média.
Produção: baixa com materiais não selecionados. Média-elevada com materiais clonais.
Sensibilidade às doenças e adversidades: não é particularmente sensível às doenças típicas
da videira, como o oídio, míldio ou botrytis. Em certas colheitas, pode sofrer desavinho e perda
dos bagos, especialmente em condições de stress hídrico (murchidão da planta).
Potencial enológico: dá origem a vinhos com muita cor, muito aromáticos e intensos, com um
alto teor tânico. Os aromas são finos e complexos, por vezes selvagens, com um caráter frutado
intenso e por vezes floral. Adequado tanto para o consumo jovem, como para o envelhecimento
longo.
Clones em multiplicação: mistura policlonal, 16JBP, 108JBP, 112JBP.