Casta procedente do vale setentrional do rio Ródano. Pensa-se que foi introduzida em França
pelo imperador Probo, procedente de Smirnium na Croácia. Cultivada na ilha Vis na Dalmácia
sob o nome de Vugava ou Bugava.
Caraterísticas ampelográficas: pâmpano de ápice cotanilhoso, branco e com margens avermelhadas.
Folha orbicular, trilobulada ou pentalobulada com seio peciolar com base em U aberto
ou pouco aberto. Página inferior ligeiramente peluda. Cacho médio-pequeno, tronco-cónico
por vezes alado, tendencialmente compacto. Bago pequeno, esferoidal com casca espessa;
polpa de sabor aromático.
Aspetos de cultivo: cepa vigorosa com porte da vegetação ereto; prefere climas quentes, mas
não demasiado secos e solos não demasiado férteis, profundos e ligeiramente calcários.
Formação e poda: conveniente a formação em espaldeira ou mediante guyot com poda longa
ou a cordão esporonado de 3 ou 4 garfos. Para obter produções de qualidade é necessário adotar
plantações de densidade elevada.
Época de abrolhamento: precoce.
Época de maturação: média.
Produção: média e regular.
Sensibilidade às doenças e adversidades: dentro da média.
Potencial enológico: dá origem a vinhos muito aromáticos com predomínio de aroma frutado
maduro (pêssego, alperce), complexos de boa estrutura e grande qualidade. Por vezes, resulta
carente de acidez e apresenta um gosto amargo. Adequado para misturas (5-10%) com outros
vinhos, aos que confere aroma e estrutura.
Clones em multiplicação: Inra-Entav 642